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 Giovanni Rezzano



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A Mulher de hoje...

 

“Ainda temos muito que caminhar, mas globalmente poderíamos dizer que a mulher já trilhou mais da metade do caminho de lutas nessa estrada rumo à libertação. O que eu vejo hoje, de qualquer forma, é um quadro muito positivo. A mulher é dona do mundo, ela é parabólica. Aliás, mesmo quando o mundo não vivia uma era parabólica, ela já era assim. Ao mesmo tempo que está ligada na camisa do marido, está vendo o bife para o filho, ligada em administrar o dinheiro, a casa. Ela pode estar dirigindo e pensando em fazer a unha, no que vai dizer na reunião de trabalho daqui a duas horas e falando no celular para o colégio do filho e, no fim, já trabalhou e fez mais de 100 coisas. Pensou mil coisas que os homens sempre esquecem, porque pensam com uma cabeça menos afinada para esses detalhes, que fazem a vida! E essa postura de cuidar da vida faz com que as mulheres envelheçam mais erguidas, porque a tarefa delas é a vida, elas são incumbidas do mundo. E só páram de cuidar do mundo quando morrem. Tanto que as mulheres que ficam viúvas, conseguem reconstruir a vida mais rápido, com exceções, claro, mas no geral é assim, os homens, não, quando viúvos, morrem logo depois e se são desquitados, ficam sem mães. Por isso que, a meu ver, a valorização da mulher no mundo é um merecimento, uma noção de direito. Ela é em si, por direito, a rainha da vida”

 

Elisa Lucinda, poetisa. 


 

A Mulher de Hoje no Mercado de Trabalho

Por Giovanni Rezzano. 05/02/2011

 

Resolvi criar este site e escrever sobre as mulheres justamente após uma visita que fiz a um amigo de longa data. Ele preside uma importante instituição beneficente que acolhe, educa e forma adolescentes, preparando-os para o mercado de trabalho e, principalmente, para a vida.

 

Muitos desses jovens vêm de famílias desestruturadas. Alguns são analfabetos funcionais. No meio desses jovens há muitas meninas, certamente a maioria. Após passarem por um ciclo básico de preparação eles são enviados ao mercado de trabalho. Algumas empresas acorrem a essa entidade a fim de contratar seus futuros profissionais, dentro do programa Jovem Aprendiz.

 

Hoje em dia há uma nítida diferença entre o Homem e a Mulher quando o assunto é estudo. E não sou eu quem afirma. Há pesquisas que demonstram que as mulheres chegam ao mercado de trabalho com anos a mais de estudo em relação aos homens. Não esquecendo que as mulheres são "multifuncionais". Fazem várias coisas ao mesmo tempo.

 

Fui convidado por esse amigo a conhecer a instituição que ele preside e  também a ministrar palestras aos jovens sobre assuntos úteis e adequados a quem está ingressando no mercado de trabalho. Gostei da idéia e me dispus a fazê-lo, logicamente, de forma gratuita.

 

Visitei todas as dependências da instituição, entrei nas salas de aulas, conversei com as meninas e meninos. Conversei com os diretores, administradores, coordenadora pedagógica, acertei com ela temas, datas e horários de minhas palestras que na verdade é mais um bate-papo entre uma pessoa que está há vinte e seis anos no mercado e uma garotada que inicia agora sua vida profissional. Ao todo são mais de trezentos adolescentes. Pelo menos uns setenta e cinco por cento são meninas.

 

Em 26 anos, já fiz muita coisa. Hoje sou proprietário e estou diretor de uma escola de ensino profissionalizante no interior de São Paulo. Vejo lá também muitas mulheres estudando. Elas são a maioria. Há turmas compostas só por elas.

 

Os homens, pra não dizer que são desleixados, não se preocupam muito com os estudos. Não têm interesse. As mulheres inclusive leem mais.

 

Entretanto, persiste no mercado de trabalho um sério preconceito em relação à contratação de mulheres. A razão da contratação das mulheres é inversamente proporcional à contratação dos meninos. As empresas buscam homens. As mulheres, apesar de se interessarem mais pelo aprimoramento nos estudos ficam em segundo plano.

 

Qual a razão disso ainda persistir em pleno início da segunda década do século 21? Ainda hoje as mulheres ganham menos por exercer as mesmas funções e são preteridas em promoções. Gostaria de partilhar com vocês a minha preocupação que é de um educador, mas também de um pai. Tenho uma filha de 16 anos que está perto de bater às portas desse mercado.

 

Gostaria de saber a opinião de vocês mulheres e também dos homens. Vamos iniciar um diálogo a partir da nossa enquete. Após votar, deixe também a sua opinião em nosso fórum, sugira temas, aborde outros assuntos relevantes.

 

Sejam bem vindos a esse nosso espaço.